A memória que a gente cria
Quando pego uma foto antiga, logo lembro do vento e do cheirinho da grama, de fazer poses malucas, de brincar de correr. Quando me mostram uma foto, de outra pessoa, fico sempre pensando o que ela sentia, se estava triste ou feliz, se naquele dia comeu bem, se alguém machucou seu coração, essas coisas.
Eu adoro fazer perguntas assim. E adoro inventar milhares de outras perguntas e respostas. E parece que um trio de japoneses também.
Takeshi Mukai, Kei Shiratori e Younghyo Ba criaram um aplicativo que dá respostas poéticas incríveis para universos criados por artistas como Jan Vermeer, Van Gogh, Leonardo da Vinci. Arart é um aplicativo que dá vida aos objetos e às obras de arte.

Ele liga a realidade às expressões provenientes de dispositivos móveis acrescentando novas histórias e valores ao ambiente real. Como as impressões do ambiente que nos cerca e os vários objetos que envolvem nossos corpos irão mudar através do “Arart”? A intenção é fazer do “Arart” uma nova plataforma de expressão que pode manter um vínculo forte com realidade.
O que será que a moça com brinco de pérola fez depois do Jan Vermeer fazer o seu retrato? O que aconteceu com os famosos girassóis do Van Gogh “minutinhos” depois de pintá-los? Deem uma olhadinha no vídeo abaixo e fiquem tão encantados quanto eu!
Para quem estiver em São Paulo, não deixe de ver Arart e outras instalações muito legais no FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica.
Local: Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso – Av. Paulista, 1.313 (Metrô Trianon-Masp)
Informações: (11) 3146-7405/ 7406
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
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