As crianças em Cuba: em números

por Regla Bonora Soto, Asessora, realizadora e coordenadora de projetos
Grupo de Programas para Crianças e Jovens
Televisão Cubana – Instituto Cubano de Radio y Televisión

especial para o comKids

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As crianças cubanas são muitos rostos. De muitos tons de pele, cabelos, capacidades, sorrisos… Ou, em números, é possível que não sejam tantos. Mas todos são uma parte muito importante de Cuba. Vejamos.

Segundo o Escritório Nacional de Estatística e Informação da República de Cuba, ao término do ano de 2011, do total da população de 11.244.543 habitantes, a infância cubana, compreendida desde o nascimento até os 18 anos (segundo o que estabelece a Convenção dos Direitos da Criança) somava 2.510.285, ou seja, 22,3%, entre os quais predominam homens, com algo mais que 51% e uma razão de masculinidade de 1.064.

Por grupos etários, os menores de 6 anos -os meninos da primeira infância-, são o menor grupo, com pouco mais que 720 mil pequenos. Os chamados escolares primários, que compreendem desde os 6 até os 11 anos de idade, chegam a aproximadamente 780 mil. Os adolescentes com mais de 12 anos e até 18 anos cumpridos somam 990 mil.

Por zonas geográficas, a grande maioria se encontra em zonas urbanas. Vivendo na capital do país está cerca de 16%. Nas zonas rurais vive somente 26% – algo em torno de 660 mil crianças.

A infância cubana goza de um importante grupo de privilégios. A existência da Convenção dos Direitos da Infância, que é lei em Cuba desde 1990, e de muitos outros corpos legislativos de proteção à infância propiciam a consecução de tais privilégios, entre os quais se destaca o acesso à educação.

Assim, ainda que em círculos infantis ou centros de cuidado das primeiras idades se atenda 18% da população menor de 6 anos, mais que 81% das crianças e jovens restantes, que está sob os cuidados da família, têm no programa de desenvolvimento social “Educa a tu hijo” (Eduque seu filho) uma opção para iniciar a educação na etapa mais importante da vida.

A grande maioria dos meninos e meninas cubanas em idade escolar está escolarizada. Existem no país aproximadamente 7000 escolas primárias nas que chegam ao 6º grau de instrução. No nível secundário, os meninos e meninas de 12 a 15 anos aproximadamente, vão a uma das 988 instalações em que, além da instrução básica das disciplinas de letras e de ciências, há espaço para que os alunos se vinculem a atividades artísticas, esportivas, recreativas e vocacionais que os preparam para o passo para a educação média superior ou educação técnica-profissional. Assim que chegam aos 15 anos, muitos dos quase jovens dão prosseguimento aos estudos em algum dos 292 institutos pré-universitários para se prepararem para a universidade. Alguns optam pelos institutos de ciências e letras, outros pelos pedagógicos, outros pelos especializados em ciências exatas e outros pela educação vocacional.

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Mas o maior grupo tem a opção de continuar na aprendizagem técnica-profissional na que se formam nos oficios e profissões priorizadas para o desenvolvimento do país. Para o seu acesso, há mais de 400 institutos tecnológicos no país.

Dentro dessa parcela de 22,3% da população, se encontram também aquelas crianças e jovens com capacidades diferentes. Elas são diagnosticadas desde idades iniciais e gozam também do direito à educação em algum dos mais de 300 centros especializados que, com a ajuda da família, os ajuda a alcançar seu nível máximo de desenvolvimento motor, visual, auditivo, linguístico ou outro, para que possam se inserir com plenitude na sociedade.

Sim. As crianças cubanas são muitos rostos felizes. Das outras razões, lhes contarei depois.

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