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O Fórum Brasil de Televisão 2014 começou nesta quarta-feira (4/6), em São Paulo, com um debate instigante para os profissionais de gêneros e formatos de conteúdo de TV no Brasil.

As formas de financiamento dos programas e a carência de formação de profissionais foram alguns dos temas abordados no painel formado por Belisário Franca (Giros), o criador e diretor Cao Hamburger, Gil Ribeiro (presidente da Conspiração) e Rogério Gallo (VP de filmes e séries da Turner).

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Para Rogério Gallo, é urgente a união de esforços entre governo, canais e produtoras para a criação de um polo de formação de bons profissionais nas mais diversas áreas de produção em TV – e em larga escala – para fazer frente à grande demanda por programação nacional. “Todos os players do mercado precisam de profissionais”, garante Gallo.

Segundo ele, os problemas de performance dos produtos nacionais não podem ser justificados só por falta de recursos. “A questão do dinheiro não é central. A questão é relevância”, defendeu.

Para as produtoras, entretanto, os limites orçamentários não podem ser ignorados. Belisário Franca, sócio e diretor da Giros, com experiência de quase vinte anos em produtora independente, também chama a atenção para a falta de relevância de muitos produtos e a necessidade de qualificação do mercado. Mas, segundo ele, o grande desafio é conciliar o sucesso do produto com custo compatível.

O diretor Cao Hamburger defendeu a necessidade de reafirmar uma identidade brasileira nas produções.  “A TV a cabo deveria aproveitar mais o que tem de bom e de excelência na televisão brasileira”, ressaltou o criador do Castelo Rá-Tim-Bum, produto infantil de referência em programação de qualidade para crianças no Brasil e no exterior.

Gil Ribeiro, diretor presidente da Conspiração, chama atenção para as séries como grandes oportunidades de mercado. “As TVs abertas não desenvolveram a expertise em séries e estamos ocupando esse espaço.”

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