Uma comunidade internacional de crianças: produtoras e comunicadoras

Paolo Beneventi*

É hora de trabalharmos juntos

É hora de reunir pessoas, experiências, recursos, produções e buscar compreender o que podemos fazer, como educadores, para engajar mais as pessoas – e especialmente as crianças – como cidadãos ativos no planeta. Novas ferramentas tecnológicas fáceis, baratas e incrivelmente poderosas se tornaram acessíveis nos últimos anos e poderíamos usá-las para o trabalho coletivo e o gerenciamento de nossas vidas e sociedades de um modo completamente novo. Mas nossa educação, mentes, hábitos, estilos de trabalho e consumo ainda estão no passado.

O mercado não tem interesse em longas experiências educativas para o cidadão, o que interessa são prazos cada vez mais curtos de instrução para vender o maior número possível de gadgets, para que os consumidores comprem outros deles o quanto antes, o que não ajuda a maioria das pessoas a entender realmente para que servem esses dispositivos. É um enorme desperdício de recursos e de possibilidades extraordinárias que poderiam combinar progresso e civilidade.

A educação deveria ter outros planos e estratégias cujo objetivo principal não fosse ganhar mais e mais dinheiro, mas preparar os cidadãos para a vida social e o trabalho, preservando para as gerações futuras as bases da liberdade e da democracia e o meio ambiente. As bandeiras da liberdade e da defesa da natureza, entretanto, parecem hoje estar em risco em um contexto só impulsionado pelo mercado. Por toda essa complexidade, a tecnologia, apesar da facilidade de alguns dispositivos e softwares, dificilmente pode ser aproveitada de forma vantajosa pelos indivíduos, de acordo com os hábitos de consumo tradicionais dos velhos tempos.

Mas, assim como os indivíduos são menos poderosos diante do mercado global e das grandes companhias que o regulam, a força de milhões de pessoas conectadas em uma rede pode gerar um impacto incrível. Somos nós quem produzimos a força das empresas gigantes planetárias Facebook, Twitter e Instagram. E não podemos prever, se realmente não testarmos as possibilidades, quão fortes poderíamos ser se aprendêssemos a trabalhar juntos de verdade e de forma consciente!

Tecnologia de massa sem letramento

Até agora, o impacto mundial da tecnologia na vida das pessoas, sem um letramento básico sobre os meios que todos nós usamos diariamente e com nossas ações e interações amplamente pautadas pelo mercado – apesar do enorme poder de comunicação que administramos -, tem, na verdade, um resultado medíocre na comunicação real entre indivíduos, grupos e nações, dada a nossa incapacidade de falar realmente sobre economia, vida social, religião, imigração, paz e guerra, e de todos os temas percebidos como distantes e frequentemente “contrários” ao interesse de pessoas comuns.

Vídeo e crianças

O uso consciente da tecnologia na interação com crianças pode ser importante, não apenas para ensiná-las, mas sobretudo para explorar as possibilidades do que realmente é possível fazer quando se dá acesso às poderosas e descomplicadas ferramentas disponíveis para quem ainda não está atrelado a lógicas de mercado. Algo simples, natural e “incrível” pode acontecer quando se muda a perspectiva usual: acompanhar o fluxo não é o único caminho, nosso destino inevitável, mas podemos fazer, produzir e administrar uma parte significativa de nossas vidas de acordo com o que realmente somos, com alegria e criatividade para criar juntos. Não é apenas uma esperança, mas a prova tangível de que um futuro diferente é possível, um futuro no qual as pessoas resgatem suas próprias vidas, corpos, sua natureza, meio ambiente, relacionamentos e também a tecnologia, todos harmoniosamente juntos, sem as inúteis, decepcionantes e perigosas rupturas com as quais nos acostumamos como se fossem a normalidade das coisas.

O vídeo é a principal forma pela qual as mensagens são transmitidas. É a linguagem universal da sociedade da informação, domina as telas de TV, de computadores, dispositivos móveis ou em broadcast, cabo e conexões de internet, ainda assim não foi suficientemente estudado nas escolas. E o vídeo, apesar dos clichês e graças a uma tecnologia cada vez mais barata e fácil, está ao alcance não só dos grandes players do cinema e da TV, mas também de pessoas comuns, incluindo as crianças. Naturalmente, a produção não é exatamente a mesma, mas, pela primeira vez na história, é possível produzir e divulgar suas produções em todo o mundo, usando diversos canais possíveis.

Nos últimos cinquenta anos aproximadamente, crianças ao redor do mundo cresceram com a TV, portanto, todas as gerações temos uma grande cultura comum como telespectadores, mas, devido à maneira passiva e individualista com que nós geralmente assistimos televisão, essa cultura permanece em grande parte latente. Até que tenhamos a oportunidade de não apenas de levar uma câmera na mão, mas também de experimentar com ela. E não apenas sozinhos, mas em um contexto cooperativo onde as ideias e atos imprecisos dos indivíduos se encontrem e se corrijam e refinem um ao outro, sob o olhar atento de um guia, que não ensina como fazer, mas ajuda a entender.

É como as crianças aprendem; brincando, fazendo. E é por isso que é mais fácil para as crianças obterem bons resultados antes mesmo que os adultos. Não porque sejam “nativos digitais”, mas simplesmente porque eles são naturalmente capazes de brincar e porque muitos dos dispositivos atuais, apesar de terem tecnologia muito sofisticada, em algumas funções básicas são de fato muito fáceis de operar, como uma bola ou uma marionete! Além disso, as crianças se maravilham e se divertem, como só as crianças fazem, quando percebem que podem produzir algo importante como “fazer um filme”, e se sentem recompensadas e valorizadas quando os adultos estão sinceramente interessados ​​no que fazem. Para usar vídeos, não é necessário um curso específico, mas isso poderia fazer parte de outras atividades, já que essa linguagem pode ser útil para contar, entender e comunicar muitas facetas de nossa experiência e algumas competências básicas são suficientes para gerenciar corretamente câmeras, telefones, tablets e outros. Seguindo apenas algumas regras muito simples, todo mundo pode filmar corretamente e as crianças ficam especialmente muito felizes quando podem experimentar isso.

Dois exemplos

Para não falar apenas no geral, dou aqui dois exemplos, dois projetos ainda em desenvolvimento e que têm colaboradores de vários países do mundo. O problema principal é provavelmente que, em tempos de possível produção compartilhada de cultura, muitos de nós atuamos em contextos de trabalho onde ainda é difícil agir de acordo com o que as novas tecnologias permitiriam, já que não podemos nos livrar de modelos industriais tradicionais de competição entre indivíduos e a maioria das intervenções está em uma base voluntária e descontínua.

Assim, aqui não se trata apenas de dizer uns aos outros sobre o que fazemos, mas de ao mesmo tempo construir plataformas de trabalho viáveis, que permitam ir além das páginas web de operadores individuais, grupos e associações e, especialmente, ir além do hábito de compartilhar ideias e materiais em redes privadas, como o Facebook, que visam principalmente fins comerciais e não são particularmente adequados para a realização de tarefas educacionais. Enquanto escrevo este artigo para o comKids, estamos trabalhando em uma plataforma, uma rede social de trabalho para crianças e educadores – sem aumento de trabalho ao que normalmente todos nós fazemos e sem excluir outros canais de expressão e comunicação – , na qual todos podem participar, em um um palco mais amplo para atuar. Procuramos não apenas aplausos e “likes”, mas sobretudo pessoas dispostas a interagir, no modo e no nível que quiserem.

Saber como nos colocar socialmente dentro das atividades da comunidade, sem o receio de não ser capaz de lidar com compromissos e, de fato, definir de forma ativa e precisa a natureza e os limites de nosso próprio compromisso, é provavelmente uma das competências básicas do cidadão da sociedade da informação. Atuar individualmente ou em pequenos grupos, sem aproveitar as extraordinárias oportunidades que podemos ter juntos, especialmente no campo cultural e educacional, é uma batalha perdida de início, frente às grandes empresas da cultura de massa.

Porque a força da rede, mesmo sendo composta por diversos pequenos atores – incluindo crianças – pode ser absolutamente enorme e é um absurdo identificar a “revolução digital” com os resultados temporários, imaturos, desapropriados, fechados e comerciais que estamos tendo nos últimos anos – mais propiciadores, principalmente, de usuários solitários e iletrados – sem saber o que poderia ter sido se explorássemos outros caminhos, se nós realmente tentássemos fazer nossa própria rede ao aprender os novos alfabetos como pessoas cooperativas e conscientes. São mudanças históricas, que levam décadas para serem realizadas. Em um passado recente, foi a partir de movimentos de base e de redes espontâneas – não da indústria e do comércio, embora a maioria das pessoas ignore isso – que foram inventados o computador pessoal e a Wold Wide Web!

O Museu Virtual de Pequenos Animais das crianças

Vamos aos primeiros exemplos. Publiquei em 2013 um capítulo em um livro coletivo, cujo título era: The Children’s Virtual Museum of Small Animals: From the Schoolyard to the Internet:
«Câmeras digitais fotográficas e de vídeo modernas, com as suas lentes potentes e fáceis de utilizar, permitem que todos descubram micro-mundos, o que era impossível até alguns anos atrás. É uma verdadeira surpresa, mas também uma grande oportunidade, especialmente para as crianças, com seu entusiasmo e sua curiosidade de explorar naturalmente espaços verdes e árvores, descobrindo pequenos seres vivos, muitas vezes desconhecidos, observando seus detalhes e movimentos característicos.

Observando a partir da experiência direta e através de um número virtualmente ilimitado de shots, também a taxonomia se torna uma algo “natural”, baseada na observação real da fauna local encontrada de fato e não no abstrato – e muitas vezes distante – universo de poucas imagens e textos de livros escolares ou páginas “estranhas” da Web. As crianças participam com entusiasmo e a qualidade da aprendizagem científica é surpreendente. Graças às ferramentas digitais fáceis, baratas e poderosas e à World Wide Web, muitas crianças podem aproveitar – é a primeira vez na história – uma parte ativa na produção e na distribuição de informações e até mesmo na pesquisa científica ».

Isso é importante. Embora humanos, por gerações, tenham sido acostumados a conhecer quase todo o mundo não por experiência direta, mas pela mídia, jornais e revistas, televisão, livros, sites e aplicativos, cada vez mais gerenciados em nível industrial, essa não é uma tendência necessária do futuro, já que ferramentas tecnológicas pessoais multimídia permitem agora uma nova produção horizontal ampla, obviamente não completa, mas significativa. Isto não é muito fácil de experimentar para muitos, porque requer boa organização e abordagem completamente diferente da que acostumamos no passado. Requer, portanto, um novo tipo de educação, que a maioria das pessoas não tem. Como todos nós poderíamos fazer televisão, jornais, livros e sites, bem como mapas e “street views” do nosso território e muitas outras coisas, e a maioria não conhece como, ela pode estar condenada a ser apenas consumidora na vida.

Mas procurar insetos e aranhas no jardim da escola ou aprender a manejar as câmeras é então descobrir que usá-las é fácil, que todos nós podemos tirar algumas surpreendentes fotos e compartilhá-las na web com todas as crianças do mundo… Ajudando uns aos outros a ver quais são os traços distintivos para reconhecer ordens e famílias de insetos, se acostumando rápida e facilmente a lidar com asas, antenas, línguas e mandíbulas, cores e formas não é um trabalho simples, é um campo muito complicado da ciência natural. Insetos são milhões, mas começamos a entender, começamos a ser capazes de fazer distinções que antes pareciam impossíveis. Podemos consultar especialistas conscientes do que estamos procurando e em um certo ponto também podemos, nós mesmos, buscarmos por exemplo, na Internet e encontrar aquele inseto, aquela aranha … Sem necessariamente criar confusão entre as competências profissionais e as cotidianas, estamos criando pontes significativas entre a experiência diária e o conhecimento, traçando laços que tornam possível participar da grande aventura de conhecer a natureza, como atores e pesquisadores, não apenas como aprendizes.

Como quando encontramos, por exemplo, com crianças do segundo ano, uma lacraia fêmea cuidando de seus ovos. Nós fotografamos a cena, estávamos animados, conversamos sobre o achado. E ler agora em um livro ou em uma página da web que lacraias “mostram cuidados parentais” tem um sentido diferente! Ou conhecer e reconhecer a “abelha disfarçada” mosca syrphidae com nossos próprios olhos (e câmeras); ou ver ao vivo a longa língua de borboletas se desenrolando sobre as flores, o que é até mesmo mais interessante do que suas asas …

Isso não vai mudar o mundo, mas, quando imagens e observações começam a vir à tona de muitas partes do globo, temos em nossas mãos todo o material para montar um verdadeiro museu de fotos e vídeos, com os documentos preliminares produzidos, neste caso, por crianças e também alguns elementos de estudo e reflexão. Temos que reunir agora softwares e pessoas, capazes de realmente configurar o museu virtual on line, para que possamos visitá-lo e aproveitá-lo. Mas é tão difícil? Até as crianças entendem que, se a corrente não quebra e mais e mais pessoas trabalham juntas, esta é uma produção real que pode ser realizada, possivelmente com boa qualidade e grande satisfação para todos. Estamos encontrando as novas e enormes possibilidades para os artesãos tecnológicos da sociedade da informação.

Em um contexto como esse, não precisamos ensinar responsabilidade nas escolas para realizar conferências sobre as fake news online e forçar relutantes crianças a cooperar. Simplesmente brincamos com os insetos nas hortas das escolas, usando câmeras, e todos os eventos que envolvem a atividade podem sinalizar “soluções” para muitos problemas e questões educacionais, tratando-se, nesse caso, também de ciência de alto nível, bem como de gráficos (desenhos e escultura, se quisermos), o contar de histórias e assim por diante.
Trata-se de insetos e aranhas, mas é sobretudo sobre o encontro de brincadeiras infantis e ferramentas tecnológicas, usadas simplesmente para descobrir o mundo natural como ele é. Essa é uma experiência maravilhosa e muito encantadora.

“Children Look”, o olhar das crianças no mundo

No projeto do Museu as crianças podem usar câmeras diretamente ou não, esse não é o assunto principal: ao fim, elas lidam com conteúdos, tendo em mente o que se pode fazer com câmeras, vídeo e software de fotografia, com a web e assim por diante. No “Children Look” as tomadas dos vídeos devem ser feitas, ao menos em parte significativa, pelas próprias crianças e, quando possível, elas também participam da escrita do roteiro (pensando, contando), da escolha dos títulos, da tentativa de edição para finalização do filme. Mesmo se for um curto workshop, para dar câmeras às crianças, alcançar bons trabalhos é mais fácil do que pensam não só as pessoas comuns, mas também muitos profissionais de cinema e de vídeo.

De início, eu uso e indico uma câmera de vídeo “verdadeira” de início, sobre um tripé, mais fácil, mais versátil e ergonômico do que um smartphone, uma câmera que qualquer criança pode usar corretamente. Melhor uma de consumidor hi-level (embora hoje seja difícil encontrá-las em lojas e nós as procuramos on-line: a confusão de um mercado cujos clientes não estão em condições de saber o que compram!), ou seja, com um viewfinder e conexão para microfone externo (mas por que toda câmera de vídeo low-level não tem mais isso? Por que não existem modelos baratos destinados, por exemplo, para escolas, um mercado potencial de um milhão de itens com esses recursos?).

Na verdade, depois de ter experimentado a grande qualidade das imagens captadas por câmera sobre tripé, depois de ter adotado duplas para o manejo da câmera (eles se sentem engajados e amam muito esse tipo de responsabilidade) para filmar os arredores e o que os outros fazem, seja lá o que for, todas as tomadas feitas são diferentes. O melhor é que, após as primeiras captações, a gente tenha tempo para assistir juntos e ver o que há de bom ou negativo no que foi produzido (todos podem ver, ninguém tem que ensinar!) e discutir um pouco dos porquês. Os erros mais freqüentes são mover as câmeras sem motivo e não interromper a tomada quando se busca o próximo assunto, e eu também digo: “não use o zoom, e você notará a diferença!” Depois de muito pouco tempo, a maioria das crianças entende perfeitamente o que significa segurar uma câmera e mesmo com o smartphone nas mãos elas começam a filmar como se estivessem com um tripé, incrível!

Pequenos tripés para telefones também são bem-vindos. Então, ao final, geralmente temos muitas crianças atuando como cinegrafistas, de diferentes pontos de vista, usando diferentes, mas compatíveis, dispositivos (todas as fotos tiradas na horizontal, como produzimos para a tela de TV, e possivelmente todos apontando para o mesmo nível de qualidade, de acordo com preferências).

O primeiro resultado, tecnicamente falando, é ter consciência do que precisamos saber sobre os dispositivos que manejamos, não de forma “geral” ou como “gostamos”, sem uma razão, mas de acordo com competências específicas e “profissionais”. As crianças fazem o trabalho e, ao mesmo tempo, “brincam” de fazer o trabalho. Essa é exatamente a melhor maneira das crianças aprenderem algo, fazendo, imaginando e brincando ao mesmo tempo.

O segundo resultado, culturalmente falando, é que as crianças realmente começam a enxergar suas atividades – todas as atividades – por uma documentação em vídeo “profissional” real. Não apenas para fazer filmes, mas para desenhar, contar histórias, atuar em teatro, cantar e dançar, bem como participar de aulas de gramática, oficinas de ciências, corrida e natação, ou mesmo disputas de xadrez e de tangram… Nem todas as crianças se engajam com o trabalho principal, mas quase todas elas pegam a câmera de vídeo ou foto para escolher um ponto de vista e captar imagens: de ação, de histórias, detalhes, o “backstage”.

O único problema – e não é pequeno – é coletar a enorme quantidade de tomadas de vídeo, tiradas com muitos dispositivos diferentes. Mas este é, no final, apenas um dos problemas centrais do nosso tempo: lidar com a “redundância” (muitas imagens, músicas, palavras, posts nas redes sociais…mas temos que encontrar, por fim, como viver, de alguma forma, com eles!).

Dar tarefas e algumas regras básicas, mas deixar as crianças livres para “descobrir” os possíveis usos dos dispositivos de vídeo, aplicados a diferentes temas, é uma maneira de conhecer o que é “o olhar das crianças no mundo”, não apenas fazendo curtos filmes de histórias, mas também com ângulos de visão inesperados sobre a realidade, que serão diferentes daqueles de um adulto, ou de estudantes que só fazem as tarefas designadas pelos professores.

O que estamos tentando fazer

Estamos coletando fotos e vídeos de várias partes do mundo, temos um site para o Virtual Museum e um canal aberto para o Look of Children, onde começamos a publicar filmes curtos com logo e tema. Mas até agora não conseguimos dar continuidade suficiente ao Museu e ainda não começamos de forma efetiva com o Look, embora muitas pessoas estejam interessadas, enviando fotos dos mais variados lugares e trabalhando para fazer curtas-metragens a partir de sua experiência.

A organização não é fácil, grupos e páginas em redes sociais são potentes, mas fragmentados, e este longo texto é para tentar dar uma ideia desse ponto de vista, possivelmente para convocar outras pessoas, conexões, ideias e talvez soluções. Estamos trabalhando agora com profissionais em torno de uma plataforma dedicada on-line, cuja viabilidade está sendo estudada.

Pensamos que, se conseguirmos ir além dos experimentos educacionais, para uma janela sobre o trabalho dos grupos, a ocupação de um pequeno espaço às margens do mercado, há uma grande demanda social e isso pode funcionar bem também na oferta de serviço, para dar às crianças, educadores e outras pessoas envolvidas neste campo uma possibilidade permanente de encontro e de trabalho em conjunto.

*Paolo Beneventi, pesquisador italiano, especializado em infância e mídia digital, além de criador do The Children’s Virtual Museum of Small Animals, e autor do livro Technology and the New Generation of Active Citizens: Emerging Research and Opportunities, lançado nos Estados Unidos em 2018.

Destaque: The Children`s Virtual Museum of Small Animals, frame do trailer

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